Cais da memória
Poemas. Patuá, São Paulo, 2025

“Uma palavra inábil põe/ a perder o discurso todo”. Assim é a poesia de Carlos Machado (...). De tão minuciosa,
precisa e elaborada, dá ao leitor a impressão de que foi escrita espontânea e naturalmente, ao sabor da pena. Ledo engano.
E o que dizem seus poemas? O que interrogam? “São palavras de carne, alma e desassossego/ lançadas a um deus sem olhos
nem ouvidos.” Percebe-se neles uma inquietação permanente diante da existência, por assim dizer, sem metafísica. Neles,
questões como a memória, o tempo, as relações humanas, a condição efêmera e precária da vida e da própria memória, a morte,
a injustiça, o sonho se entrelaçam o tempo todo. Tudo pescado no mar da memória do próprio autor, cuja navegação é já de longo curso.
Não à toa o livro se chama Cais da memória. “Cais”, espaço limítrofe entre o que fica e o que vai, entre o que chega e
o que parte, entre o nativo e o estrangeiro, entre a raiz e o exílio, entre a terra firme e a aventura oceânica. “Memória”,
espaço simbólico que une o sujeito lírico ao sujeito coletivo, a autobiografia, (...) à História.
no prefácio do livro
Lançamento de Cais da memória
A coletânea Cais da memória será lançada em:
- São Paulo
Data: sábado, 22/03/2025, das 17h às 22h
Local: Livraria & Bar Patuscada
Rua Luís Murat, 40
Vila Madalena - São Paulo, SP
